Hoje, 3 de julho, após algumas
poucas horas de sono,
acordei com uma vontade gigantesca de escutar Eclipse Oculto do Caetano. Não me diz nada, de fato. Mas soa muito bem pra mim. Escutei 3 vezes. Agora ouço as sugestões do youtube, que toca as minhas
prediletas e outras que nunca escutei antes. Acabo
de completar 26 anos. Dia desses, brincando, sento no colo de minha mãe. Ela
silencia por cerca de 5 segundos e fala: 26 anos... como o tempo passa rápido!
Eu concordo. Acho que consigo contar com detalhes pelo menos um fato de cada
ano de minha vida. Eles estão tão frescos na memória, que tudo parece recente. Não que eu seja velho, mas o
tempo passa mesmo rápido. Só se pensa nessas coisas em dia de aniversário, né!?
Assim como se sente um misto de alegria e gratidão por mais um ano em que se vive, e uma melancolia da saudade do que
passou, com uma pitada de incertezas acerca do futuro. E essa impossibilidade de não se fazer uma
análise da vida. Existir é muito doido, penso.
São 13h. Daqui a pouco recebo
parentes que vêm me visitar a fim de comemorar o meu aniversário. Legal sair do
conforto de sua casa para prestigiar alguém. Aprecio. Mas mal tomei
café-da-manhã, não tomei banho, não me “arrumei”. Estou em frente ao computador,
continuo escutando Caetano e não tenho vontade de interromper esse fluxo. Amo
todo mundo. Mas constato que para mim, pelo menos nesse exato momento, o melhor
seria não receber ninguém. Tô bem assim. Tranquilo. Favorável.